
A emancipação intelectual pode ser definida como um processo educativo, dentro de ensino e aprendizagem, como resultado de uma ou mais ações dos portadores da denominada consciência crítica, conhecedores de conceitos científicos e filosóficos que envolvem a sociedade, capaz de libertar o povo de uma suposta ignorância ou ausência de consciência histórica.
As avaliações nesse contexto, precisam ser capazes de entender a situação daquele que aprende, desafiá-lo de modo justo e dar retorno do desempenho dele, permitindo oportunidades de desenvolvimentos de suas competências ao longo do processo de ensino e aprendizagem.
As intervenções devem ser realizadas principalmente quando o desempenho daquele que se dispôs a aprender não apresenta a aprendizagem esperada em determinado momento. Todavia, as intervenções não devem se limitar apenas ao que não apresenta desempenho abaixo do esperado, mas também aquele que o supera, de modo que novas possibilidade e novos desafios possam ser proporcionados, elevando ainda mais a capacidade cognitiva dele e, por conseguinte, proporcionando cada vez mais emancipação intelectual.
Assim, proporcionar autonomia do pensamento é libertar quem aprende, é dar autonomia, avaliando de modo justo e intervindo sempre que o processo de ensino e aprendizagem foge da normalidade.
REFERÊNCIAS
RANCIÈRE, J. Uma aventura intelectual. In: _______. O mestre ignorante: cinco lições sobre a emancipação intelectual. Trad. Lílian do Valle. Belo Horizonte: Autêntica, 2002, p. 17-38.
RANCIÈRE, Jacques. De que se Trata la Emancipacion Intelectual? (Discurso). San Martín: Universidade Nacional de San Martín, out. 2012a. Disponível em: <Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=4Y_KwkAnjac >. Acesso em: 20 de Julho de 2022.
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