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  • Foto do escritorEdgard Gonçalves Cardoso

Intermediate deliverable: economic framework for offshore grid planning

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

ESCOLA POLITÉCNICA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE ENERGIA E AUTOMAÇÃO ELÉTRICAS

PEA-5899 - INTEGRAÇÃO ENERGÉTICA – ANÁLISE SISTÊMICA AVANÇADA PARA AMÉRICA LATINA

Intermediate deliverable: economic framework for offshore grid planning

PROMOTioN

Resenha apresentada à Universidade de São Paulo como parte dos requisitos de avaliação da disciplina de Integração Energética – Análise Sistêmica Avançada para América Latina do curso de pós graduação stricto sensu em Energia, sob orientação do Profº. Dr. Miguel Edgar Morales Udaeta, e do Profº. MsC. Vinícius Oliveira da Silva.

O Pacote de Trabalho 7 (WP7) do projeto Horizonte 2020 de Progress on HVDC Meshed Networks (PROMOTioN), denominado “Intermediate deliverable: economic framework for offshore grid planning” Planejamento da rede offshore, tem por objetivo apresentar o planejamento de rede offshore, relatando a análise de custo-benefício para infraestrutura de rede elétrica offshore, o planejamento da rede Onshore-Offshore e participação pública no desenvolvimento de infraestrutura eólica offshore, bem como os investimentos em rede offshore, destacando mecanismos de cooperação para o apoio a fontes renováveis e projeto de tarifas de transmissão em um contexto de malha offshore.

Este trabalho concentra-se em vários aspectos legais, financeiros e econômicos do desenvolvimento de uma infraestrutura offshore integrada, concentrando-se no desenvolvimento de uma estrutura econômica para a rede offshore em termos de três elementos fundamentais: planejamento, investimento e operação.

Além disso, Pacote de Trabalho 7 (WP7) apresenta um compilado de cinco desafios regulatórios que foram abordados e estão relacionados a dois elementos básicos: Planejamento e Investimento.

Sobre o primeiro elemento básico, o planejamento da grade offshore compreende três tópicos, a saber: métodos CBA (Cost Benefit Analysis - Análise de Custo-Benefício é uma ferramenta bem estabelecida para orientar as decisões de investimento em vários setores, incluindo o setor de energia), coordenação onshore-offshore e participação do público.

A respeito do segundo elemento básico, o investimento em rede offshore é composto por quatro tópicos, porém, considerando que o trabalho em questão é uma publicação ainda intermediária, foram tratados apenas os dois primeiros, ou seja, os mecanismos de cooperação para apoio a fontes renováveis ​​e as tarifas de transmissão.

Sobre o planejamento da rede offshore, no tocante a análise de custo-benefício da infraestrutura da rede elétrica offshore, o Pacote de Trabalho 7 (WP7) apresenta a estrutura analítica e prática atual, as metodologias de CBA avaliadas, dados para análise de custo-benefício, cálculos da análise de custo-benefício, resultado da análise de custo-benefício, além de dez diretrizes principais para um método comum de análise de custo-benefício (a interação do projeto deve ser levada em consideração na definição do projeto e da linha de base, a consistência e a qualidade dos dados devem ser garantidas, os custos devem ser relatados de forma desagregada, a CBA deve se concentrar em uma lista reduzida de efeitos, as preocupações de distribuição não devem ser tratadas no cálculo dos benefícios líquidos, o modelo usado para monetizar a economia de custos de produção e o excedente bruto do consumidor precisam ser, um fator comum de desconto deve ser usado para todos os projetos, uma abordagem estocástica / análise de cenário deve ser usada para lidar com a incerteza, os benefícios devem ser relatados de forma desagregada e a classificação deve ser baseada na monetização – opinião não compartilhada pela TenneT[1]). Ainda é apresentado três estudo de caso sobre a temática: caso 1: EWIC[2]; caso 2: COBRAcable[3]; e caso 3: ISLES[4]. O estudo apresenta uma visão geral dos três casos que, ao serem analisados, verifica-se que há problema de coordenação é crítico. A avaliação do cabo EWIC ignora completamente o desenvolvimento potencial de outros projetos offshore. Também no estudo de caso do ISLES, a interação entre o projeto ISLES e outros PCIs não é investigada. No caso comercial do COBRAcable, o padrão mínimo exigido pelo ENTSO-E, a aplicação de uma futura grade de referência, é seguido.

Sobre o planejamento da rede offshore, no tocante a coordenação do planejamento da rede onshore-offshore, o Pacote de Trabalho 7 (WP7) apresenta a metodologia do trabalho, as três dimensões regulatórias (requisitos locais para suporte de energia renovável RES (Renewable Energy Support), responsabilidade de acesso à rede terrestre e tarifas de conexão à rede) e estudo de caso 4 países, a saber: Alemanha, Dinamarca, Reino Unido e Suécia. Nessa seção foi comparada a evolução dos sistemas reguladores de energia eólica offshore nos quatro estados membros da UE que foram estudados no relatório ao longo do tempo. Essa comparação fornece informações interessantes sobre o nível de coerência entre as diferentes políticas nacionais e se alguma preferência clara em relação a estratégias específicas se desenvolveu.

Sobre o planejamento da rede offshore, no tocante a Participação pública no desenvolvimento de infraestrutura eólica offshore, o Pacote de Trabalho 7 (WP7), busca a compreensão da percepção pública em relação ao desenvolvimento de infraestrutura eólica offshore e da participação do público no desenvolvimento de infraestrutura eólica offshore, além de citar dois exemplos de participação pública no desenvolvimento de infraestrutura eólica offshore, a saber: a participação pública no desenvolvimento do parque eólico offshore dinamarquês e a participação pública no desenvolvimento de parques eólicos offshore do Reino Unido. O trabalho conclui nessa seção que no contexto de desenvolvimento de infraestrutura eólica offshore, um alto nível de participação do público teria um impacto positivo na aceitação pública de tais projetos. Para fazer isso, a perspectiva das comunidades locais e das partes interessadas deve ser bem compreendida. Com base nesse entendimento, podem ser identificadas oportunidades para melhorar as estratégias de engajamento público.

Sobre o investimento em rede offshore, no tocante a mecanismos de cooperação para apoio a fontes renováveis, o Pacote de Trabalho 7 (WP7), apresenta esquemas de suporte renováveis (mecanismos de suporte renovável com base em preço, mecanismos de suporte renovável baseados em quantidade, esquemas nacionais de apoio a fontes renováveis ​​nos mares do Norte, evolução dos esquemas de apoio às energias renováveis ​​nos mares do Norte e principais tópicos para o desenvolvimento eólico offshore em malha da evolução de esquemas de apoio a fontes renováveis), além de mecanismos de cooperação para apoio renovável (transferências estatísticas, projetos conjuntos, esquemas de apoio conjunto, esquemas de Apoio Conjunto Específico Offshore e principais conclusões sobre os mecanismos de cooperação para o desenvolvimento eólico offshore em malha). Também são discutidos dois estudos de caso: estudo de caso A: Leilão conjunto fotovoltaico Alemanha-Dinamarca e estudo de caso B: Esquema de apoio conjunto Suécia / Noruega. O trabalho conclui nessa seção que, no contexto da harmonização de esquemas de apoio a fontes renováveis ​​entre esses países, a mudança para feed-in premium pode ser considerada uma medida bem-vinda e, em um sistema offshore mesclado, mecanismos de apoio nacional não harmonizados podem não ser capazes de fornecer incentivos eficientes.

Sobre o planejamento da rede offshore, no tocante a projeto de tarifas de transmissão em um contexto de malha offshore, o Pacote de Trabalho 7 (WP7) apresenta métodos de alocação de custos de transmissão (alternativas para distribuição dos custos de transmissão entre os usuários da rede, dimensões da recuperação dos custos de transmissão dos usuários da rede e mecanismo de compensação entre Transmission System Operator - TSO), bem como o mapeamento de países do Mar do Norte, a saber: Bélgica, Dinamarca, França, Alemanha, Reino Unido, Irlanda, Países Baixos, Noruega e Suécia.

Assim, o trabalho é concluído apresentando um mapeamento de como dez nações adjacentes aos Mares do Norte lidam com vários aspectos do design das tarifas de transmissão. A partir desse mapeamento, pode-se concluir que as tarifas de transmissão ainda não foram harmonizadas nos países vizinhos ao Mar do Norte. Existe o risco de que esse cenário possa ser prejudicial da perspectiva de desenvolvimento de uma infraestrutura eólica offshore de malha.


[1] A TenneT é uma operadora de sistemas de transmissão na Holanda e em grande parte da Alemanha.

[2] O interconector subamarino Leste-Oeste de alta tensão direta de 500 MW e um cabo de energia que conecta os mercados de eletricidade irlandês e britânico. O projeto foi desenvolvido pelo operador de rede nacional irlandês EirGrid.

[3] O COBRAcable é uma interconexão submarina planejada de 325 km de comprimento entre a Dinamarca e a Holanda.

[4] O Estudo Links Irlandeses-Escoceses sobre Energia (ISLES) é uma colaboração tripartida entre os Governos da Irlanda, Irlanda do Norte e Escócia.

Referência

Meeus, L. et al. (2017) Intermediate deliverable: economic framework for offshore grid planning. doi: 10.1109/IEMBS.2011.6090175.





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