top of page
  • Foto do escritorEdgard Gonçalves Cardoso

Analysis of Energy Integration and the Transboundary Superstructure in South America

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

ESCOLA POLITÉCNICA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE ENERGIA E AUTOMAÇÃO ELÉTRICAS

PEA-5899 - INTEGRAÇÃO ENERGÉTICA – ANÁLISE SISTÊMICA AVANÇADA PARA AMÉRICA LATINA

EDGARD GONÇALVES CARDOSO

Analysis of Energy Integration and the Transboundary Superstructure in South America

Miguel Edgar Morales Udaeta, Vinícius Oliveira da Silva, Luiz Claudio Ribeiro Galvão, Fernanda Neri de Souza

Resenha apresentada à Universidade de São Paulo como parte dos requisitos de avaliação da disciplina de Integração Energética – Análise Sistêmica Avançada para América Latina do curso de pós graduação stricto sensu em Energia, sob orientação do Profº. Dr. Miguel Edgar Morales Udaeta, e do Profº. MsC. Vinícius Oliveira da Silva.

O artigo “Analysis of Energy Integration and the Transboundary Superstructure in South America” um trabalho que de revisão bibliográfica e da característica quantitativo, onde se busca fazer uma discussão sobre a Integração Energética na América do Sul e as dificuldades para implementar em manter uma superestrutura com essa.

Os levantamentos bibliográfico e histórico das relações bilaterais e os acordos regionais entre os países apresentam os principais agentes envolvidos (públicos e privados), os organismos supranacionais envolvidos, e as integrações existentes, implantadas e planejadas.

A respeito dos atores supranacionais envolvidos na integração da América do Sul, o artigo versa sobre a Comunidade Andina de Nações (CAN) - formado por Bolívia, Colômbia, Equador e Peru -, o Mercado Comum do Sul (Mercosul) - formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai; mais tarde, a ele aderiu a Venezuela, que no momento se encontra suspensa, a União de Nações Sul-Americanas (UNASUL) - conjugando as duas uniões aduaneiras regionais: o Mercado Comum do Sul (Mercosul) e a Comunidade Andina (CAN), e a Associação Latino-Americana de Integração (LAIA). Existem algumas outras configurações que se assemelham a estrutura desses blocos, mas que não são consideradas no artigo devido, visto que o foco deste é apresentar somente aqueles que estão diretamente ligados a questão de integração energética.

Quanto aos agentes econômicos vinculados à integração latino-americana, o artigo descreve algumas ações de tais agentes que vão ao encontro da integração energética na América do Sul, destacando: Banco del Sur, Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), Fundo de Financiamento para o Desenvolvimento da Bacia do Rio da Prata (FONPLATA) e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Apesar de trazer uma contribuição muito relevante sobre o aspecto econômico desses agentes, penso que o artigo poderia apresentar qual a participação real desses agentes, em termos percentuais, nas iniciativas de integração energética e na fomentação de pesquisas na área.

Continuando a análise do trabalho, apresentam-se em seguida os atores envolvidos na integração energética da América Latina, tais como a Associação Regional de Empresas do Setor de Petróleo, Gás e Biocombustíveis na América Latina e no Caribe (ARPEL), a Comissão Econômica das Nações Unidas para a América Latina e o Caribe (CEPAL), Organização Latino-Americana da Energia (OLADE), a Comissão de Integração Regional de Energia (CIER) e o Conselho Sul-Americano de Infraestrutura e Planejamento (COSIPLAN) / Iniciativa para Integração de Infraestrutura na América do Sul (IIRSA). Os autores apresentam dados sobre a quantidade de projetos, investimento estimado, características do tipo de financiamento e tipos de projetos do setor energético. Uma contribuição muito interessante que certamente agregaria muito ao artigo seria apresentar dados de quais projetos realmente tiveram sucesso e quais não, de modo que isso apresentasse um fator de eficácia e de impacto de projetos.

Sobre a Integração elétrica na América do Sul, realizadas por interconexões físicas, essas permitem a troca de energia entre os sistemas elétricos interconectados através de usinas e linhas de transmissão. Na região do MERCOSUL as interconexões possuem grandes ligações elétricas com grandes usinas hidrelétricas binacionais, como Itaipu, Yacyreta e Salto Grande, apresentam operação constante e alta confiabilidade nas suas linhas de transmissão, viabilizando o comércio de energia entre as nações interconectadas. Em contrapartida, as interconexões da região andina possui grande instabilidade.

Diversos projetos de integração energética estão em andamento, destacando-se a interconexão elétrica Equador-Peru, a Interconexão elétrica Colômbia-Venezuela e a Interconexão elétrica Uruguai-Brasil. O artigo também apresenta projetos concluídos (interconexão elétrica Colômbia-Equador, interconexão elétrica Colômbia-Venezuela e linha de transmissão de 500 kV (Itaipu - Assunção)) e projetos futuros, tais como a usina hidrelétrica Corpus Christi, a Garabi-Panambi Binacional Hidrelétrica - Argentina-Brasil e projeto Peru-Brasil. O texto não apresenta a malha completa de projetos de interconexões, não sendo possível realizar uma análise visual e completa de toda a integração energética nas nações em questão. Ainda assim é possível ter uma noção bem ampla sobre as redes existentes e vindouras.

O estudo minucioso do artigo de algumas referências que o mesmo apresenta, permite ter uma visão macro cobre a análise da integração energética e entre as nações da América do Sul, bem como se pode analisar as possibilidades futuras para ampliação da malha de integração.

Minha contribuição ao texto seria a sugestão para uma futura pesquisa que apresentasse a evolução da integração da rede de gás natural e da malha de linhas de transmissão entre as nações. Essa evolução poderia vir acompanhada de dados relativos ao PIB e ao IDH de cada nação, relacionando integração energética a eles e tentando buscar uma relação intrínseca.

Referência

UDAETA, M.E.M.; SILVA, V.O. da; GALVÃO, L.C.R.; SOUZA, F.N. Analysis of Energy Integration and the Transboundary Superstructure in South America. Proc.: Journal of Business and Economics, 2016, Vol. 7, 1, pp. 21-43.



3 visualizações0 comentário
bottom of page